domingo, 24 de janeiro de 2010


Segredas-me ao ouvido um poema que escreveste
E sorris dizendo...
Gosto de ti.
Assim...
de cabelo desgrenhado,
mesmo com olhos de choro,
com boca de recusa.
Gosto e pronto.
Não minto... tu sabes.
Sei que não és minha
Sei que não és de ninguém.
Mas gosto de ti assim...
sem maldade,
sem promessas,
sem pedir perdão.
Mordo o lábio cada vez que te aproximas,
tremo e deixo-te falar.
Não sei o que dizer,
perco-me nesse teu olhar.
Não sei de mim desde que me perdi em ti.
Quem sabe para onde fui...
Só sei que fui e não me encontro mais.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


Tão frágil este amor umbilical...
Tão inexplicavelmente dependente como se de água se tratasse.
Doce...
Como uma pequena pluma navegando pelo rio;
Rodopiando sem rumo;
Elevada pela brisa marítima;
Docemente navegando ao destino incerto.
Tão frágil...
Que sustenho a respiração para não se partir.
E no entanto tão forte,
Que nada me desfoca do seu alcance.
É este ser que dá sentido ao que se faz no mundo.
É este pequeno ser que vejo da Lua
e me perco durante horas só para o vêr sorrir.